Substratos:É possível crescer sem solo?
Apesar do solo ser o principal elemento de sustentação e nutrição das culturas, é possível cultivar na ausência dele. Os substratos são meios sólidos, cuja origem pode ser natural ou artificial, orgânica ou inorgânica. Suas funções são principalmente sustentar as plantas e abrigar suas raízes. Dependendo da composição do substrato e dos aditivos, pode intervir na nutrição dos vegetais.
Os substratos podem ser classificados de acordo com diferentes características:
- Substratos orgânicos naturais (cuja origem é animal ou vegetal) e inorgânicos (inertes).
- Granulometria. Partículas maiores ou menores que 3mm e a porosidade que é gerada entre elas.
- Grau de atividade química. Inerte, cuja função é simplesmente sustentar plantas e quimicamente ativas, que retêm nutrientes.
Para sua escolha, os seguintes aspectos devem ser levados em consideração:
- Tipo de cultura a que se destina o substrato
- Finalidade do corte
- Ferramentas tecnológicas disponíveis na fazenda
Por sua vez, os substratos possuem uma série de características físicas e químicas que estão descritas na tabela a seguir.
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Densidade aparente
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É a massa seca sólida do substrato em relação ao seu volume seco (incluindo porosidade)
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Granulometria
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Refere-se ao tamanho das partículas e seu arranjo, pois isso condicionará a porosidade do substrato
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Porosidade
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Há uma parte dos poros que fornece ar para as raízes (macroporos) e outra parte (microporos) dedicada à retenção de água
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pH
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O pH necessário dependerá da cultura para a qual o substrato será destinado. Valores de pH ácidos podem gerar problemas de absorção de N e K. Em valores de pH superiores ao neutro, a disponibilidade de P pode ser afetada.
O pH pode ser corrigido de forma simples, com carbonato de cálcio no caso de pH ácido e com enxofre quando alcalino.
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Capacidade de troca catiônica (CEC)
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Um valor alto de CIC indica uma menor tendência de lavagem do assinante base. Quando a CEC é baixa, as contribuições de nutrientes para o substrato devem ser periódicas.
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Relação C/N
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Mostra o grau de maturidade e a estabilidade da matéria orgânica. Seu valor diminui à medida que a matéria orgânica se decompõe.
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Disponibilidade de elementos nutricionais
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Dependendo do tipo de substrato, ele pode conter originalmente pequenas quantidades de nutrientes, portanto, pode ser necessário um fertilizante no momento do preparo do substrato e das adubações subsequentes.
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Os componentes mais comuns em substratos são de origem orgânica e inorgânica. Alguns deles são descritos a seguir.
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TURFA
É o substrato por excelência. É depositado com o passar do tempo e sua origem é a decomposição parcial da vegetação dos pântanos. Existem duas classes de mobs que diferem pela origem, sendo os oligotróficos os mais valorizados.
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VERMICULITA
Pertence ao grupo dos silicatos e sua origem é inorgânica.
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CASCA DE ÁRVORE
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PÉROLA
É outro silicato e deve ser usado com materiais orgânicos.
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COBERTURA DE FOLHAS
Provém do processo de humificação das folhas das principais espécies arbóreas presentes nas florestas.
É um substrato adequado para diferentes espécies de plantas devido às suas características físicas e químicas.
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AREIA
Tem um CEC baixo, mas é um excelente componente para melhorar a drenagem.
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PRODUTOS SINTÉTICOS
São materiais inertes, como o poliestireno, que melhoram a drenagem e a aeração radicular.
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ARGILA
Fornece uma reserva de água e nutrientes ao substrato.
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Para a formulação de um substrato, deve-se levar em consideração o objetivo da referida formulação, ou seja, se o substrato é feito para mudas, enraizamento, transplante, pois isso irá variar as propriedades físico-químicas desejadas.
Conselho Empresarial Mida
Um bom substrato é aquele capaz de armazenar água de forma disponível para as plantas, proporcionando aeração suficiente ao sistema radicular das mesmas mesmo em condições próximas ao alagamento, reservando nutrientes de forma assimilável pelas plantas e possuindo uma estrutura estável.
